Poupança ou Tesouro Direto: qual a melhor escolha para hoje?

Nos últimos anos, muitos brasileiros começaram a olhar com mais atenção para o próprio dinheiro. A busca por formas seguras de investimento cresceu, e uma dúvida antiga voltou a ganhar força: vale mais a pena deixar o dinheiro na poupança ou investir no Tesouro Direto? Embora as duas opções sejam consideradas seguras, a diferença de rendimento e praticidade entre elas pode mudar completamente o resultado ao longo do tempo.
Como funciona a poupança
A poupança é o investimento mais popular do Brasil. Quase todos os bancos oferecem essa opção e não é preciso ter grandes valores para começar. O rendimento da poupança é calculado com base na taxa Selic, que hoje está em 10,75% ao ano (valor de referência de 2025).
Quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês + TR (Taxa Referencial). Na prática, isso representa um retorno anual de cerca de 6% a 7%, dependendo da variação da TR. O grande atrativo da poupança é a simplicidade: não há cobrança de Imposto de Renda, taxas de administração e o resgate é fácil.
Por outro lado, o rendimento é baixo e muitas vezes não consegue superar a inflação. Isso significa que, mesmo vendo o saldo aumentar, o poder de compra do dinheiro pode diminuir com o tempo.
O que é o Tesouro Direto
O Tesouro Direto é um programa do governo federal que permite a qualquer pessoa investir em títulos públicos. Na prática, você empresta dinheiro ao governo e recebe juros em troca. É considerado um dos investimentos mais seguros do país, pois tem a garantia do Tesouro Nacional.
Existem diferentes tipos de títulos, mas os principais são:
- Tesouro Selic: acompanha a taxa básica de juros e é o mais indicado para quem quer segurança e liquidez.
- Tesouro IPCA+: oferece rendimento acima da inflação, garantindo ganho real de poder de compra.
- Tesouro Prefixado: tem uma taxa fixa definida no momento da compra.
Diferente da poupança, o Tesouro Direto cobra Imposto de Renda sobre o lucro, variando de 22,5% a 15%, dependendo do tempo de aplicação. Também há uma pequena taxa de custódia da B3, mas o rendimento costuma compensar esses custos.
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Comparando poupança e Tesouro Direto
Quem busca rendimento superior quase sempre encontrará no Tesouro Direto uma opção mais vantajosa. Mesmo o título mais conservador, o Tesouro Selic, tende a render mais que a poupança, especialmente quando a taxa básica de juros está alta.
Por exemplo, com a Selic atual, o Tesouro Selic rende algo próximo a 10% ao ano, enquanto a poupança oferece pouco mais de 6%. Em um investimento de R$ 10 mil por 12 meses, a diferença pode chegar a centenas de reais.
A poupança, no entanto, ainda pode ser uma boa opção para quem quer reserva de emergência imediata, não tem familiaridade com investimentos ou prefere evitar a cobrança de impostos. Já o Tesouro Direto é ideal para quem busca melhor rentabilidade com segurança e está disposto a deixar o dinheiro aplicado por mais tempo.
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Então, qual é a melhor escolha para hoje?
Com a taxa Selic ainda em patamar elevado, o Tesouro Direto é a opção mais vantajosa para quem quer fazer o dinheiro render de verdade. Ele oferece segurança semelhante à da poupança, mas com retornos mais altos e possibilidade de proteger o patrimônio contra a inflação.
Para quem está começando, uma boa estratégia é manter uma parte do dinheiro na poupança para emergências e aplicar o restante no Tesouro Direto, especialmente no Tesouro Selic ou Tesouro IPCA+, que garantem estabilidade e ganhos consistentes.
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