Por que sal rosa do Himalaia virou febre na cozinha

Nos últimos anos, o sal rosa do Himalaia se tornou uma verdadeira febre nas cozinhas do mundo todo. Seja em restaurantes sofisticados ou nas casas de quem busca uma alimentação mais natural, ele chama atenção pela sua cor vibrante e pela fama de ser mais saudável que o sal comum. Mas, afinal, o que há de tão especial nesse sal? Será que ele é tudo isso mesmo? Vamos entender!
O que é o sal rosa do Himalaia?
O sal rosa do Himalaia é um sal mineral natural, extraído principalmente das minas de Khewra, localizadas no Paquistão, na região próxima ao Himalaia. Essas minas são formadas por depósitos de sal marinho que se originaram há milhões de anos, quando antigos oceanos evaporaram e deixaram para trás grandes camadas de sal que ficaram protegidas sob as montanhas. Justamente por estar isolado durante tanto tempo, esse sal é considerado livre de muitas impurezas presentes em outros tipos de sal extraídos de mares atuais.
Além disso, sua aparência é um dos grandes atrativos. A coloração rosada — que pode variar de um tom bem claro até um rosa mais intenso — se deve à presença de pequenos traços de minerais, especialmente ferro. Outra característica interessante é que ele costuma passar por menos processos industriais e refinamentos do que o sal de cozinha tradicional. Por isso, muitas pessoas associam o sal rosa a uma opção mais natural, tanto para uso culinário quanto terapêutico, o que certamente contribui para sua popularidade crescente nas cozinhas ao redor do mundo.
Qual é a composição do sal rosa?
Assim como o sal de cozinha tradicional, o sal rosa do Himalaia é composto principalmente por cloreto de sódio, que representa cerca de 97% a 98% da sua composição.
O que o diferencia são os cerca de 2% compostos por outros minerais, como ferro (responsável pela cor rosada), cálcio, potássio, magnésio e zinco. Esses minerais estão presentes em quantidades muito pequenas, mas são suficientes para alterar a aparência e oferecer um sabor ligeiramente distinto.
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Como usar o sal rosa na cozinha?
O sal rosa pode ser utilizado da mesma forma que o sal tradicional, mas há algumas formas de uso que se destacam:
- Para temperar carnes, legumes e saladas, trazendo um toque mais rústico e uma apresentação bonita.
- Na finalização de pratos, como grelhados, saladas e até pães, valorizando a estética e o sabor.
- Em pedras de sal rosa, que são aquecidas para grelhar carnes, frutos do mar e vegetais, oferecendo um sabor suave e defumado.
- Em banhos e terapias, devido às suas propriedades minerais e ao apelo relaxante — embora esse uso não seja culinário, é bastante popular.
Seja qual for a aplicação, é importante lembrar que o sal rosa continua sendo sal e deve ser usado com moderação.
Sal rosa x sal tradicional: Quais as diferenças nutricionais?
Quando o assunto é composição nutricional, é comum ouvir que o sal rosa seria mais saudável do que o sal refinado. De fato, existem algumas diferenças, mas é essencial entender que elas são bem menores do que muita gente imagina. Ambos os tipos de sal são compostos majoritariamente por cloreto de sódio, que corresponde a aproximadamente 97% no sal rosa e 99% no sal tradicional refinado. Ou seja, no quesito sódio — que é o componente relacionado aos riscos de hipertensão e problemas cardíacos — não há uma diferença realmente significativa.
Por outro lado, o sal rosa contém uma pequena variedade de minerais, como cálcio, potássio, magnésio, zinco e ferro. Esses minerais são responsáveis pela sua coloração característica e por um leve diferencial no sabor. No entanto, é importante destacar que as quantidades desses minerais são tão pequenas que não oferecem impacto nutricional relevante no dia a dia. Para se ter uma ideia, seria necessário consumir uma quantidade excessiva de sal rosa para obter uma fração dos minerais que nosso corpo precisa — e, obviamente, isso traria mais prejuízos do que benefícios, devido ao alto teor de sódio.
Além da questão nutricional, há também diferenças práticas na cozinha. O sal rosa costuma apresentar cristais maiores, mais secos e menos uniformes que o sal refinado. Por isso, ele entrega um sabor que se espalha de forma diferente nos alimentos, oferecendo uma textura crocante e uma experiência sensorial mais interessante, especialmente quando usado na finalização dos pratos. Contudo, do ponto de vista da saúde, é fundamental lembrar que nenhum dos dois é isento de riscos quando consumido em excesso, e a recomendação de moderação vale igualmente para ambos.
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Verdades e mitos sobre o sal rosa do Himalaia
Com tanta popularidade, é natural que surjam muitos questionamentos. Vamos esclarecer alguns:
- ✅ Verdade: O sal rosa possui minerais que dão a ele a cor rosada e um leve diferencial no sabor.
- ❌ Mito: Ele não é uma fonte significativa de minerais. Para obter quantidades relevantes de ferro ou cálcio, seria necessário consumir muito mais sal do que é recomendado.
- ❌ Mito: Não é verdade que ele seja mais saudável no que diz respeito ao teor de sódio — tanto o sal rosa quanto o sal comum possuem níveis semelhantes.
- ✅ Verdade: Seu apelo estético, seu sabor mais delicado e a ideia de ser um produto mais natural fazem dele um queridinho na gastronomia.
Mais do que moda, uma escolha consciente
O sal rosa do Himalaia virou febre não apenas pela sua beleza, mas também pela busca de opções mais naturais na alimentação. No entanto, é importante ter consciência de que, apesar de ter alguns diferenciais, ele não é um “sal milagroso”. Assim como qualquer outro, deve ser usado com equilíbrio, priorizando sempre uma alimentação variada e saudável.
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